terça-feira, julho 30, 2013

Bela dona.




Ela me viu.



Os lábios se mordem em desejo vil e jovial.

Os olhos de cor indefinida me leem como se eu fosse um sagrado tomo.
As linhas de expressão tornam-se mais sinuosas, dançam.
O anel no dedo é ejeto em movimentos secretos.

Os cabelos a lá Chanel invadem os olhos e são retirados da testa com pudor de adolescente.
Percebe meu descaso, mas esta empenhada em sua campanha.
Hoje não bela dona.

Haverá outro dia só teu.


Mas não prometo nada.

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