sábado, junho 01, 2013

Amor à Vinagrete

Um olhar
O pequeno milhinho fitou seus amarelos olhos na ervilha verde.
Amor à primeira vista, daqueles bem vistosos e verdes amarelos, do jeitinho que só o amor verdadeiro sabe temperar.
Dentro da geladeira
De repente os dois estavam juntos, de repente não.
Uma hora estava próxima, noutra não.
Eram tantos os movimentos, tantos os flertes...
Que a ervilha acabou se apaixonando.

Eram juras, e poesias -como essa?Sim!Como essa- tantos carinhos e afagos, era tanto amor.
Mas naquele mundo de tomates e cebolas, de frio e conservas, era bom estar juntinho, ser agradável e amável.

Mas de repente num dia memorável, triste ou feliz saiba leitor, traduzi como quis, houve ainda mais reboliço.

Entre facas e oréganos, tábuas e limões, eram feitas as separações, e num canto o vinagrete e noutro a salada, duas comidas separadas com um pouquinho de cada.

Mas o amor é bom tempero, conselheiro e cozinheiro, e nunca os fez separar, seja no vinagrete do cachorro quente, ou da salada da dieta de gente doente, havia milho, havia ervilha, havia amor que enche de sabor a vida.
Este poema assim como este está participando do tema do mês da página Céu literário
o tema é "milho"!
outros poemas serão linkados aqui... *-*

Sobre nosso belo Apanhador e nosso incrivel Visconde

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