segunda-feira, setembro 02, 2013

O retorno de saturno


 Não pude ver os presentes que recebi.
Não puder abrir os presentes que ganhei.
Aquela noite se foi, mas eu fiquei, orando
chorando
olhando cada pingo de água, da chuva, das lágrimas.
A dor maior era ver meus dedos grandes inúteis contra os ponteiros do relógio.

A foto já descoloria na gaveta, eu desisti de jogar fora umas mil vezes atrás.
Ontem eu acordei e vi o futuro.
Céus! Tudo está tão igual.

Encontro dois ou três ou mais amigos. Todos tão velhos e eu aqui nessa solidão.
O destino oferta aos bravos um desejo, que nunca pode ser o de voltar atrás.


Mas os anéis tocaram minha alma
eu vi a poeira dos astros nos meus olhos.
Tem coisas que te sugam pela alma como um filho lindo, e não se deve fugir.

Olá Cronos  eu estou pronto, eu abrirei a porta quando chegar.


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