sábado, dezembro 14, 2013

sem teto e sem céu


O copo deslizava por entre o lábios,
era uma lambada o que era visto no movimento do liquido na garrafa.
os nervos surrados e fracos dos braços magros,
 bailavam em sintonia, faziam s.o.s

Você ouviu?
o último homem inocente praguejar,
a ultima criança crescer
o ultimo fio branquear

maldita noite fria
maldito dia quente
maldita fome
maldita gastrite


Você se comoveu?
eu fui tirado de casa
a minha casa é aqui
é ali
e é em todo lugar
ninguém liga
eu não ligo
e os meu ossos vão para alguma universidade qualquer.

praga!
fome!
frio!
e não conjuro guerra, não tenho contra quem lutar.
céus! me tiraram até meus inimigos.

Louco, e são
loucos são
tantas rimas
mais um gole
mais um gole
mais um gole
mais um gole!




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