quarta-feira, maio 27, 2015

O trecho comum

Caminhos verdes, folhas secas no banco.
A  poeira no capacho da entrada
 A  música das chaves no bolso.
Silêncio!

Passos. Passo um, passo dois... Parar!!
O quadro, a foto. O frasco, o perfume.
 O solo de Satriani na cabeça.
Silêncio!

Os degraus, a subida, a velha TV.
212, colares, anéis... O espelho... Silêncio!
O corredor, a pose perfeita, a porta que abre, a porta que fecha.
Para trás muitos, um tolo no sofá.

Lá dentro outro reflexo do que se faz ser.
Apague a luz, observe a lua, brilha pela janela como a mais forte lâmpada.
Brilha com olhos furiosos.

Senta-se ali, ou pega teu ser e água a base.

Não há ninguém por aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário