Ali no canto
Embaixo da pia
Com as mãos sobre os joelhos
Com a cabeça entre as pernas
Eu estou com frio
Sozinho
E no escuro.
Encolhido na cama
Me debato contra o lençol
A fronha jaz em água
Eu me encontro perdido
Vestido e incomodado
Morrendo de medo.
O abismo que sobe
As paredes viscosas
O sangue de ferro
A montanha tão forte
Sou eu.
Caido em escombros
Soterrado em choros
Lutando comigo
Por mais um dia de dor
Em que eu agradecerei a Deus pela vida
E desejarei em dobro o seu fim.
Lá estou eu
Sozinho no escuro.
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