terça-feira, julho 15, 2014

O corvo e o pombo

Veja
Suas penas brilham com os raios do sol, seu bico traz promessas.
Sob as penas leves os olhos se enchem d’água, esperança que move os homens.
 Paz!

Paz, é uma palavra curta, fraca, insossa. Sim! Paz é a tolice dos velhos, o papai Noel dos adultos aflitos.

Não há paz neste mundo, nós não queremos.
Desejamos, mas nunca buscamos.

Estamos todos preocupados com o ultrapassar, com o ser ultrapassado, vencer e ser vencido, ganhar ou perder, errar ou ter certeza... Humildade é ouro, mas o solo de nossos corações é duro, e as muitas picaretas que escavam para retirar e nunca pra retribuir nos tem deixados pobres de alma.

Nós não suportamos a paz!

                Queremos um inimigo a vencer. Queremos culpar um inimigo... “o inimigo”, temos que culpar e culpar e culpar.

Paz...
Nós queremos..queremos?

Quem nos dera poder dedicar este texto a Israel.
Quem nos dera poder dedicar este texto a Palestina.
Quem nos dera ao menos uma vez, como disse o poeta, não ser atacado por ser inocente.

O mundo está doente.

E esta poesia poderia ser cantada desde a gênese, pois o corvo tem agarrado os pombos, e a chama não tem queimado em nossos corações.


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