Veja
Suas penas
brilham com os raios do sol, seu bico traz promessas.
Sob as penas
leves os olhos se enchem d’água, esperança que move os homens.
Paz!
Paz, é uma
palavra curta, fraca, insossa. Sim! Paz é a tolice dos velhos, o papai Noel dos
adultos aflitos.
Não há paz
neste mundo, nós não queremos.
Desejamos,
mas nunca buscamos.
Estamos
todos preocupados com o ultrapassar, com o ser ultrapassado, vencer e ser
vencido, ganhar ou perder, errar ou ter certeza... Humildade é ouro, mas o solo
de nossos corações é duro, e as muitas picaretas que escavam para retirar e
nunca pra retribuir nos tem deixados pobres de alma.
Nós não
suportamos a paz!
Queremos um inimigo a vencer.
Queremos culpar um inimigo... “o inimigo”, temos que culpar e culpar e culpar.
Paz...
Nós
queremos..queremos?
Quem nos
dera poder dedicar este texto a Israel.
Quem nos
dera poder dedicar este texto a Palestina.
Quem nos
dera ao menos uma vez, como disse o poeta, não ser atacado por ser inocente.
O mundo está
doente.
E esta
poesia poderia ser cantada desde a gênese, pois o corvo tem agarrado os pombos,
e a chama não tem queimado em nossos corações.
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