segunda-feira, agosto 25, 2014

tomate morno, ou, desisti de por titulos fortes pra chamar a atenção.

Porque vamos a funerais?
Por quê?
Será desespero? Será solidão?
Será adeus? Será até mais?

Nós vamos pela honra... errado! Todos sabem por que se vai a enterros, é pela dor...NÃO!

Pelo que?

Vamos pelo amor.
Tão certo quanto esse maldito autor adora a tecla enter, nós vamos pelo amor.
Estamos tão ludibriados pela seriedade dessa vida que, não nos damos tempo a amar. Bem senhoras e senhores, o tempo acaba.
Não é confuso ver todos os gigantes de pedra e gelo derreterem? Não é confuso derreter junto com eles? Não estamos todos nesse efeito estufa particular?
Funerais são como melodias de Rachmaninov, num momento você tenta entender a bagunça a sua frente e, em questão de segundos um turbilhão de emoções vem, vezes calma, vezes furiosamente triste.
Mas não ouso dizer que é uma loucura o porque do funeral. Não me exaltaria contra a ilha dos mortos (belo quadro e musica alias)nem me atreveria a dizer que os réquiens são desperdício de batutas que os mestres bruxos usam pra enfeitiçar nas nobres artes do som. Não o funeral é salgado e úmido, mas tem algo bom.

Em busca de alimento, nossos corações saem das tocas, não aqueles instrumentos de carne que servem unicamente para bombear o liquido preferido de morcegos e aspirantes a drácula, mas aquele amago órgão invisível, o sentimento perfeito sem medida ou real e satisfatória definição, aquela escolha diária que optamos ou não ter por alguém...amor
De colo em colo, braço em braço, ombro em ombro, o peso maldito peso da agua diminui.
Reconhecemos nesse momento os homens fortes, os matadores de dragões e os reis com suas espadas.

Cada gota que cai, rega um peito que brota uma das poucas frutas e flores que pode ser colhida o ano inteiro. Um abraço de amor.

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