domingo, outubro 26, 2014

O inferno são os outros #1- O babaca

Tenham uma  boa leitura, e mandem os erros ao inferno, está tarde, quente, e eu quero mais é que a ortografia fique no ensino médio.

Lembrando agora, de muitas pessoas que conheci, lembro em particular de um nome, o qual não divulgarei. Garoto legal, talentoso com instrumentos musicais, bela namorada, era amado.
 Mas ele tinha um sonho, um sonho fútil, e..Ok quem sou eu pra dizer quando o sonho de alguém é fútil? Simples! Eu tive os meus talvez ainda tenha alguns, creio que todos têm, e o que nos torna melhor ou pior é o retirar ou não esses sonhos da ficção pra realidade.

Talvez eu tenha lhe convencido com o argumento anterior, mas é claro, em tempos de debates inúteis em redes sociais, nenhum argumento na terra provaria que um mais um não é três. Sempre haverá um maldito molecote ou recém adulto com fraseatas preparadas dos tempos de escola, sempre citando algum tipo de igualdade ou direito virtualmente, e apenas assim possível. Assim sendo, crendo eu que esteja certo em minhas classificações e opiniões, já que do contrário não as manifestaria, caso não goste de algo, feche a pagina.


Essa recordação me veio agora por ocasião de uma insônia maldita um calor não mais amado que a mesma e apenas por isso, não há realmente mais nada além de um grande tédio, que tenha me feito  voltar anos no tempo e me lembrar desse antes chamado amigo.

Era um garoto legal, adjetivo bobo e por vezes até pejorativo, mas ele era legal. Foi de certa forma um privilégio conhece-lo, isso é claro até certo ponto. Podemos dizer que foi bom conhecer alguém antes do cidadão virar um imbecil não podemos?!
O garoto tinha tudo, amigos, um belíssima namorada, e nisso senhores eu nunca me engano, sou amante da beleza e dos bons sabores e cheiros, se digo que algo é bom, ou belo, creia, é no mínimo magnifico. Uma pessoa agradável, carecia as vezes de inteligência, ou de esperteza, mas era definitivamente bom estar com ele, e a palavra “bom” define por sí só muita coisa, a não ser que você como toda essa geração também ame as literaturas infanto-juvenis rasa e cheias de palavras pseudo cultas, do contrário, “bom” é um ótimo adjetivo.

Mas algo aconteceu, a puberdade chegou ao fim, e a testosterona, que além de incomodar com pentelhos e uma voz oscilante aos menos espertos, também é capaz de emburrecer qualquer um-e não é essa a função dos hormônios?!-, qualquer um de mente fraca, rende-se aos hormônios, e deixa de ser humano, vira um maldito bípede, burro, um asno sobre duas pernas.
Nós o alertamos, nós o alertamos, pois além dos malditos gêmeos que nos dão a dosagem correta, ele desejava mais, queria ser “monstro”, foi ao médico e bateu o pé até conseguir uma receita pra tomar mais hormônio. Otimo, o que já é ruim em excesso, agora vinha em dose cavalar. Você ficara nervoso, nós alertamos, ele nos tranquilizou dizendo ter também uma receita de calmante. Lindo! Uma bomba numa mão, e uma navalha no outro pulso, ainda penso em quanto gastaram os pais do medico que concedeu as receitas para que seu filhinho não precisasse cursar a faculdade pra ter o diploma.

Nosso estrondoso menino estava agora parecido com o hulk, é claro que perdia nos braços de ferro para mim e outros que conseguiram sua força devido ao trabalho duro e no que se diz a academia, devido a muito tempo. Quase sinto remorso, e sentiria se não soubesse a anta de quem estou falando quando penso que essas demonstrações podem tê-lo afetado.


Em dois anos, seu namoro ruiu, reatou, ruiu de novo, reatou, é claro, com a força adicional, um corpo ridiculamente grande, e uma juventude toda pra jogar no lixo, a vaidade dele só cresceu. Ele queria mais.
Lembro quando largou sua belíssima namorada, lembro quando jogou seu emprego numa empresa de grande nome, um ótimo emprego no lixo, afinal em pleno século vinte e um, o que mais se ve são apadrinhados e boim-vivãs pregarem que um trabalho regular de segunda a sexta é “escravagista”, claro, vamos todos fazer mochilão até os cinquenta anos de idade. Perdão divaguei, ah sim! Ele largou para virar cantor profissional.
Neste ponto qualquer adolescente deve estar de bico grande pra mim, dizendo que eu menosprezo os sonhos do imbecil em questão, mas, a verdade, é que o cidadão não tem o mínimo talento. Ele canta mal, toca mal e não compõe nada, ou seja, não é musico, e nós sabemos que muitos artistas saem dessa receita torpe de mídia ruim, mas ele não é nem um pouco bom no que resolveu fazer, e também não tem lá seus contatos.

E numa ultima relação vejam, ele era amado, tinha muitos amigos, tinha alguém que realmente o amava, tinha um bom emprego, a vida perfeita, mas começou a agir como um babaca, e mesmo os mais fieis dos amigos não suportam muito um babaca.

Enfim o que seria do inferno, se todos aceitassem o paraíso? 

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