“após horas
limpando aquele barco, após muitas horas lavando aquele barco,
com o cheiro das nuvens e dos produtos de limpeza, com o cansaço das esfregadas
e do trabalho braçal, após horas limpando o barco, ele acordou em segurança,
suado, cansado e com fome, muita fome, fome demais pra quem estava num sonho de
pouco mais de uma hora. Não foi a primeira vez- pensou- comia e não engordava,
não se exercitava mas estava emagrecendo com definição, nada super poderoso ou
jovem, mas percebia-se, alguém havia usado aquele corpo, aprendia idiomas com facilidade, sentia-se
envelhecer anos em poucas semanas, até que depois de salvar um barco de uma
tempestade naquilo que jurava ser só um sonho, acordou com fome, suado e com
fome, com uma canção na cabeça:
“Eu vi o inferno azul queridaEu vi o doce marEu tenho meu tridente queridaEu vi o reino no mar”‘...
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