Há um casal nos confins do mundo, que habitam em extrema comunhão.
há um casal de milhares de pessoas, dizendo sim.
há um casal unido por fé, por força, por amor...não, nunca foi amor.
há uma terra de casamentos antigos
há um local de sagrado e bizarro matrimônio
há um local de festas, este salão é gigantesco.
venha comemorar estas bodas, venha dançar
não tem pernas boas? achemo-nas outras pra você
aqui, ali, em baixo daqueles escombros
adianto-te, é um salão de velhos
pois os jovens a pouco foram
eles se foram
levados foram
é com pena firme que Azazel escreve
com nanquim do oriente médio
ou chamemos apenas de sangue.
clamai, clamai
chorai, chorai
os homens, as mulheres
as crianças
o pai chorou
a mae chorou
o irmão chorou
o avô, a avó
nós choramos ontem
mas enxuguem as lágrimas, e choremos amanha também.
onde está seu filho?
onde está seu irmão?
onde está seu neto?
não há mais valas
não há mais nada
não há nem razão
pois até o medo nos abandonou
Pois até o diabo nos abandonou, por ver que era mais necessário.
fizemos tudo sozinhos, ou não, que importa.
chorai terra.
Ai da terra manchada de sangue
Ai do sanguinário
Ai dos homens que cultuam o mal.
Este texto é escrito em como dizer...homenagem, reclamação, choro de dor em relação à guerra de sessenta anos na Síria,e também para participar do grupo Céu Literário, o qual pode ser encontrado no Facebook e também no seu próprio Blogspot.
O Tema eleito deste mês é "sangue", e serão todos linkados abaixo a medida que forem sendo escritos.. até mais caro leitor
Nenhum comentário:
Postar um comentário